A FRATERNIDADE É UM CONCEITO QUE NÃO SE APLICA ATRAVÉS DE IMPOSIÇÃO POLÍTICA OU RELIGIOSA.
(Ático Demófilo)



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quarta-feira, 28 de setembro de 2016


“Valorização do voto”, por Marcello Richa


*Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do Paraná (ITV-PR)

Neste domingo (2), os brasileiros de todos os municípios irão às urnas decidir quem irá ocupar o Executivo e Legislativo de sua cidade. Um dos maiores exercícios da cidadania, o voto representa a oportunidade da população em definir o rumo político, econômico e ideológico que serão aplicados na gestão de seu município.

Vivemos um período de crise nacional e contar com gestões responsáveis e comprometidas com o desenvolvimento sustentável do município é fundamental para o país começar a se recuperar. Dessa forma, é necessário valorizar nosso voto com conhecimento da história do candidato, suas propostas, prioridades e projetos.

Apesar de parecer algo simples, a realidade é bastante diferente. O Brasil vive um distanciamento entre eleitores e eleitos, o que gera uma crise de representação e faz com que boa parte da população não acredite ou queira participar do processo político na sua integralidade. O excessivo número de partidos, somado a constante troca de legenda por parte dos políticos, também diminuiu a identificação ideológica.

As dificuldades vão mais além quando passamos a verificar aquela que deveria ser a principal ferramenta de divulgação dos candidatos: a propaganda política e, no caso do executivo, o debate entre os candidatos. Os materiais de divulgação há muito tempo deixaram de ser informativo, com propostas e projetos perdendo importância para um material publicitário que muitas vezes não reflete a realidade local ou que busca apenas desconstruir a concorrência.

Esse comportamento tem feito o debate de projetos e propostas serem deixados de lado, o que dificulta o entendimento e diferença entre os candidatos que irão assumir funções essenciais para o desenvolvimento econômico, social e estrutural de nosso município. Apesar disso, a disseminação da internet permitiu ao eleitor maior facilidade para encontrar informações sobre a história do candidato, suas propostas e compromissos, de forma que possamos embasar nosso voto. É necessário, porém, buscar essas informações em sites e veículos de comunicação reconhecidos e confiáveis, pois as redes também são repletas de informações de pouca credibilidade.

Nesse domingo teremos a chance de definir os caminhos que nosso município seguirá pelos próximos quatro anos, por isso é importante valorizarmos o nosso voto com reflexão, questionamento e uma séria avaliação sobre os candidatos para buscar eleger aqueles que possuem um trabalho sério e dominam as atribuições do cargo. A escolha dos representantes é o primeiro passo em busca de uma gestão pública mais eficiente, que precisa contar com a participação da sociedade no debate e fiscalização contínua dos candidatos eleitos para que façam justiça ao voto de confiança que receberam.

Fonte: Rede45
ATENÇÃO PROGRAMADORES DE RÁDIO E DJs!

O BLOG "ECLÉTICO" ESTÁ ACOMPANHANDO UM OUTRO BLOG, NOVO NA REDE. É O "SEARCHING....", SÓ COM AS NOVIDADES ATUAIS EM VIDEOCLIPES MUSICAIS DO YOUTUBE. O "SEARCHING..." É FEITO PELA TURMA DO NOTAS BACANAS... TUDO EM FAMÍLIA... :)

PENSANDO NUM PARADÃO MENSAL, UM TOP10 EM COMEMORAÇÃO AO 1° MÊS DE VIDA DO "SEARCHING...", POSTAMOS AQUI OS 10 VÍDEOS MAIS ACESSADOS DO REFERIDO BLOG. CLIQUE NO LINK, E BOM SOM.

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1 de set de 2016
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terça-feira, 27 de setembro de 2016


“Uma medida indispensável”, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Em outubro, após as eleições municipais, o Senado Federal deverá votar as reformas políticas previstas em Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que prevê a adoção de quatro medidas, entre as quais se destaca uma que é essencial para acabar com a disfuncional fragmentação partidária que tem sido um entrave à governabilidade, especialmente num momento de crise econômica aguda que exige a adoção de medidas duras nem sempre populares.

Trata-se da cláusula de desempenho, que estabelece metas eleitorais a serem atingidas pelas legendas partidárias para que tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário, ao chamado horário gratuito para propaganda partidária e eleitoral na mídia eletrônica e à estrutura oferecida aos partidos no Congresso Nacional.

De autoria dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), a cláusula de desempenho de que trata a PEC não impõe restrições à existência ou à criação de legendas partidárias, mas estabelece que terão acesso aos recursos públicos disponíveis apenas aquelas que conquistarem pelo menos 2% dos votos em 14 unidades da Federação a partir de 2018 e 3% a partir de 2022.

Hoje, há nada menos do que 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 28 dos quais representados no Congresso Nacional. Todos eles, inclusive os que não têm nenhum senador ou deputado federal, têm acesso aos recursos públicos. Essa fragmentação partidária compromete a eficiência do sistema de representação democrática e cria entraves à governabilidade.

É uma das questões tratadas em matéria especial sobre a reforma política publicada pelo Estado no domingo passado. Entre os vários depoimentos ali colhidos, afirma o senador Ferraço: “O nosso sistema partidário está na UTI e padece de condições mínimas para produzir resultados para a sociedade. Hoje, ele só produz resultados para algumas pessoas e um grupo de políticos”.

De fato, além de se apresentarem, em alguns poucos casos, como portavozes de interesses corporativos muito específicos, a maioria das legendas nanicas criadas nos últimos anos tem servido para abrir a seus dirigentes o acesso aos generosos recursos do Fundo Partidário e a possibilidade de oferecer a bom preço o tempo de que dispõem na propaganda eleitoral paga pelo governo nas emissoras de rádio e televisão.

E podem também solicitar e aceitar doações de pessoas físicas, devidamente registradas na Justiça Eleitoral. Quando se cogita a imposição de cláusulas de desempenho destinadas a evitar a disfuncionalidade do atual sistema partidário, não se trata de impedir o direito de associação partidária das minorias.

Em 2006, 11 anos depois da aprovação pelo Congresso de dispositivo legal que estabelecia a cláusula de barreira, o STF decidiu por sua inconstitucionalidade, acolhendo exatamente o polêmico argumento dos pequenos partidos de que a medida feria o direito das minorias. Desde então, o número de partidos aumentou de 26 para 35.

E tramitam no TSE os pedidos de registro de mais meia centena de legendas. Pela PEC ora submetida ao Senado fica mantido o direito ao reconhecimento oficial de tantos partidos quantos obedecerem, a critério do TSE, as condições para sua permanência ou criação. Qualquer partido poderá sempre aceitar e registrar doações de pessoas físicas.

Mas só terão acesso a recursos públicos aqueles que comprovarem sua representatividade nos termos das metas de desempenho eleitoral definidas pela lei. É claro que, se for aprovada, a PEC da cláusula de desempenho deverá sofrer novas contestações por parte dos interessados na manutenção dos benefícios de que desfrutam no comando de legendas politicamente inexpressivas. E é impossível antecipar futura decisão do STF.

Mas o jurista Nelson Jobim, ex-presidente da Suprema Corte e ex-ministro da Justiça, não acredita que os ministros togados voltem a cometer o mesmo “erro absurdo”: “Tenho a impressão de que, agora, o Supremo já percebeu a bobagem que fez.

O argumento dos pequenos partidos de que ela (a cláusula de barreira) feria o direito das minorias era uma visão romântica da realidade, que não dizia respeito à questão”.

Leia AQUI o editorial do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: REDE45

segunda-feira, 12 de setembro de 2016


OS 7 ANJOS MAIS PODEROSOS DE DEUS

Você, que acompanha o blog ECLÉTICO, já percebeu que nossas postagens procuram um mínimo de coerência e visa artigos de temas diversos.

Achamos na rede um vídeo que contém informações bem acertadas sobre um assunto que preferimos não visitar sempre por ser de cunho teológico, o que leva à discussões infindáveis. Mas, o vídeo em questão informa sem se posicionar e, por isso, o blog faz esta postagem.

Fica só uma recomendação: Não se intimide o pre-julgue a frase "O Lado Escuro", porque escuro, no caso, não se refere às trevas da maldade mas, sim, da ignorância que interessa à alguns segmentos da sociedade em caráter mundial.

Divirta-se e informe-se!


sexta-feira, 9 de setembro de 2016


Os Visitantes da Idade Média

 Extraido do livro Os Extraterrestres na História de Jacques Bergier  -  Editora Hemus -  1970
 



Em 13 de agosto de 1491, Facius Cardan, pai do matemático Jerôme Cardan, anotou esta aventura:
"Quando eu completei os ritos habituais, por volta das vinte horas, sete homens me apareceram, portando roupas de seda que lembravam tunicas gregas e calçados cintilantes. Usavam cotas de malha e, sob elas, roupas interiores vermelhas de extraordinária graça e beleza.  Dois deles pareciam ser um pouco mais nobres que os outros. O que tinha ar de comando tinha o rosto de cor vermelho-escuro. Disseram ter quarenta anos, embora nenhum deles parecesse ter mais que trinta. Perguntei quem eram. Responderam que eram homens compostos de ar, e seres como nós , sujeitos ao nascimento e à morte. Sua vida era muito mais longa que a nossa, podendo chegar a três séculos. Interrogados sobre a imortalidade da alma, responderam que nada sobrevive. Interrogados sobre o porque não revelavam aos homens os tesouros do seu conhecimento, responderam que uma lei severa impunha penalidades àqueles que revelavam seu saber aos homens. Demoraram com meu pai cerca de três horas. O que parecia ser o chefe negou que Deus tenha feito o mundo para toda a eternidade. Ao contrário, disse ele, o mundo é criado a cada instante ; caso Deus "desanime" , o mundo corre perigo."
Os visitantes de Facius Cardan parecem ter sido os últimos de uma longa série , surgidos na Idade Média. Tinham o particular de se poder comunicar com os homens, não pretendiam em hipótese alguma ser anjos, não traziam nenhuma revelação; ao contrário , sua atitude parecia mais ainda com o nosso racionalismo moderno. Os visitantes de Facius Cardan negaram até a existencia de uma alma imortal, defendendo uma espécie de teoria a respeito da criação continua do Universo.
Os alquimistas e os místicos da Idade Média procuraram , evidentemente , ligar estes visitantes aos espíritos dos quais falam a Bíblia e a Cabala, mas se trata, evidentemente, de uma colaboração mitológica. De fato, houve, aparentemente, contatos com seres "fabricados", "feitos a partir do ar", segundo os visitantes de Cardan. Estes insistiram nos castigos que sofreriam se revelassem qualquer segredo.  Toda esta tradição permaneceu até o século XVIII data em que , nós o veremos, certos segredos serão desvendados.
Em outras regiões , estes seres foram assinalados mais tarde que na Europa: nos fins do século XVIII no Japão e para os índios da América do Norte. Nesta época os indios da Califórnia descreveram seres humanos luminosos , que paralisavam as pessoas com a ajuda de um pequeno tubo. A lenda índia precisa que as pessoas que foram para lisadas tiveram a impressão de terem sido bombardeadas com agulhas de cactus. Na Escócia, na Irlanda, tais aparições foram mencionadas desde tempos imemoriais, e até o século XIX, algumas vezes até o século XX. No século XIX, encontraram-se traços de um personagem estranho chamado Springheel Jack, luminoso à noite , capaz de saltar e voar ( Vide a musica dos Rollings Stones : Jumping Jack Flash ) , e que tentou entrar em comunicação com os homens. A primeira aparição data de novembro de 1837 - segundo testemunhas as mais seguras e precisas  -  em 20 de fevereiro de 1838, e a ultima em 1877. Desta vez, o estranho visitante cometeu a imprudencia de aparecer perto do campo de manobras de Aldershot. Duas sentinelas atiraram; o visitante revidou com jatos de chamas azuis , que exalavam um odor de ozona . As sentinelas se volatilizaram, e o visitante nunca mais apareceu.
Trata-se talve de reminiscencias . Com efeito, a densidade do fenomeno é muito inferior à do da Idade Média, onde se observa , a cada ano , aparições de estrangeiros luminosos. Em todo os relatos , estes são inseparaveis da idéia do fogo: a noção de energia não havia sido ainda inventada. Entretanto, quando interrogados, respondiam que não eram nem salamandras nem criaturas do fogo, mas homens de outra espécie.
É tentador quere atribuir-lhes a estranha série de incendios que , durante a grande peste de Londres , destruiu de súbito todas as casas que haviam sido contaminadas , e estas sómente , impedindo assim que a peste se propagasse , exterminando toda a população da Inglaterra. Seria um caso interessante de intervenção benéfica e benvinda.
É igualmente  chocante o fato de que estes visitantes sejam associados não sómente ao fogo , mas igualmente a poderes mais ou menos ligados ao fogo, em particular o poder de transmutação de metais.  Toda a Idade Média é cheia de lendas , e mesmo de sólidas crenças , a respeito da possibilidade de assinar pactos com estes visitantes. Infelizmente , nos é muito dificil compreender a mentalidade medieval.
A idéia racionalista , defendida por M. Homais , da Idade Média como um periodo de trevas , é uma caricatura da qual precisamos nos desembaraçar. A Idade Média foi um periodo de progressos rápidos , mais rápidos talvez que os nossos, mas que visavam a outros objetivos. Nós perdemos a noção mas ela seria necessária para que pudéssemos nos colocar  na mente de um homem no ano de 1000 ou do ano 1200, e compreender sua atitude frente aos visitantes que considerava como fazendo parte do
mundo em que ele vivia. Faz-se necessário salientar que os homens da Idade Média , que criam nos visitantes , eram espiritos essencialmente racionalistas, sem ligações com bruxarias ou com a Inquisição, fenomenos diferentes. Não se nega que estes contatos podem ter ocorrido , e as informações trocadas , entre os visitantes e homens como Roger Bacon, Jerôme Cardan ou Leonardo da Vinci. Em todo caso ,  a Idade Média admite, praticamente sem discussão , que é possivel entrar
em contato com criaturas revestidas de armaduras luminosas que se chamam demônios . O termo "demônio"não comporta as  conotações pejorativas de mal ou diabólico que apresenta em nossa linguagem. Ele lembra antes o sentido dos demonios de Sócrates, que discutiam com ele e lhe sugeriam idéias.

Depois de ter feito aparições no começo da era cristã , os demônios luminosos surgiram com as primeiras manifestações da franco-maçonaria, desde os séculos XIII e XIV . Foi por causa deles que os francos-maçons se denominaram "Filhos da Luz" e, a seguir , contarão os anos não a partir do nascimento do Cristo , mas sim de um ano de luz obtido adicionando-se 4.000 anos à era cristã.
Começam a se ligar a eles aspectos mais ou menos interplanetários. Em 1823, o Dr. George Oliver , historiador da franco-maçonaria , escreveu : "Anatiga tradição maçonica - e tenho boas razões para ser desta opinião - diz que nossa ciencia secreta existe desde antes da criação do globo terrestre e que ela foi largamente expandida através de outros sistemas solares".
É contudo na Idade Média que ocorrem as aparições mais maciças de criaturas com vestimentas  de luz . Este mensageiros vão encontrar os rabinos , com quem discutem longamente sobre a Cabala, os poderes de Deus, o conhecimento e a exploração do tempo etc. Afirmam conhecer os guardiões do céu , dos quais , entretanto, não fazem parte. Vão aparecer igualmente entre os monges e os santos do Islão . São descritos sempre do mesmo modo, sua atitude intelectual é sempre racionalista. Falam de geometria, de uma sabedoria racional, à qual mesmo Deus se submete.
Saber-se-ia mais sobre eles se os arquivos dos Templários e dos Ismaelistas nos tivesse chegado às mãos . O que infelizmente não aconteceu. É certo , contudo, que, como os Templários , os Ismaelistas tinham por missão aguardar a entrada de uma Terra Santa que não é de nenhum modo, a Palestina. Uma Terra Santa que não é  localizável em nosso tempo e em nosso espaço, que possui uma geografia sacra diferente da nossa , estudada especialmente por dois franceses, Guénon e Henri Corbin. Também aí, pode-se tentar substituir a mitologia antiga por uma moderna , falar não de uma Terra Santa, mas de uma porta que se abre para uma outras dimensões que não são as três conhecidas , uma estrutura da Terra mais complexa que o globo que se vê de um satelite e na qual nossa civilização crê de maneira tão pouco crítica quanto outras civilizações acreditam na Terra plana.
Isto não é proibido, mas é ainda a troca de uma mitologia tradicional por outra mitologia saída da ficção cientifica e dos desenhos animados.E não é certo que se tenha a ganhar com isso. De maneira geral , deve-se desconfiar do simbolismo.  René Alleau escreveu: "Pode-se estabelecer ligações entre esse simbolo e as duas serpentes do caduceu de Hermes, simbolos de força que destrói e edifica, isto é, o duplo poder das chaves  de um mesmo fogo sagrado"
Tudo isso é muito belo. Mas não se pode dizer que o caduceu de Hermes representa a hélice dupla do ADN. Antes de se contentar com simbolos, é preciso , me parece, admitir que há no mundo fenomenos que não são unicamente devidos à atividade da natureza ou à atividade voluntária do homem. Depois ,estudar estes fenomenos , certamente com uma idéia preconcebida , mas sem pretender que se receba essa idéia da revelação de mestres desconhecidos ou de mansucritos provenientes de um monastério tibetano que não existe nos mapas, e apresentar esta idéia preconcebida como uma questão de fé. Não pretendo me pronunciar com autoridade absoluta sobre a origem e a constituição desses demonios luminosos. Simplesmente direi que, a meu ver, trata-se de pesquisadores enviados por seres capazes de acender e extinguir as estrelas à vontade, pesquisadores talvez criados por tais seres . Eu creio que sua origem talvez seja  a própria Terra , mas em uma região dificilmente localizável
em um mapa-múndi.

Sabe-se , com certeza , que após se manifestarem frequentemente na Idade Média , prosseguiram em suas atividades durante o Renascimento . Visitaram Cardam . Assim como seu quase contemporâneo J. N. Porta ( 1537-1615) que escreveu uma enciclopédia , Magia naturalis , cuja primeira edição data de 1584, na qual, segundo o próprio autor , ele procura associar , à pesquisas experiemtntais , um saber recebido de fonte natural. Daí o titulo : "Magia natural" Porta será o primeiro a estudar cientificamente as lentes , a descrever um telescópio, a predizer a fotografia . Ele tem , portanto , merecido lugar na história das ciencias. Mas ele foi menos estudado no domínio que nos interessa.
O Cardeal d'Este , que se apaixonava pelos seus trabalhos , fundou em 1700 uma organização , que se reunia em sua casa , e que se chamava , muito significativamente, Academia de Segredos . Muitos vêem nela a primeira academia de ciencias. De minha parte, eu (J.Bergier) a vejo acima de tudo como um organismo intermediário entre os agrupamentos desconhecidos da Idade Média e do inicio da Renascença , e o Colégio Invisivel , do qual ja falamos muito. Observemos de passagem que , sobre a Rosa-Cruz, cujos escritos mencionam constantemente os demonios, assim como as lâmpadas perpétuas que lhes deixaram, Fulcanelli escreveu, e com razão :
"Os adeptos portadores do titulo são sómente irmãos pelo conhecimento e pelo sucesso de seus trabalhos. Nenhum juramento era exigido , nenhum estatuto os ligava entre si, nenhuma regra além da disciplina hermética livremente aceita, voluntáriamente observada, influenciava seu livre arbítrio. Foram e são ainda isolados, trabalhadores dispersos no mundo, pesquisadores cosmopolitas, segundo a mais estreita acepção do termo. Como os adeptos não reconheciam nenhum grau de hierarquia , a Rosa-Cruz não era uma graduação , mas apenas a consagração de seus trabalhos secretos, a da experiencia, luz positiva cuja fé viva lhes havia revelado a existencia . . . Jamais houve entre os possuidores do título outro laço senão a verdade cientifica confirmada pela aquisição da pedra. Se os Rosa-Cruzes são irmãos pela descoberta, o trabalho e a ciência, irmãos pelas obras e pelos atos, isso ocorre com um conceito filosófico , o qual  considera todos os individuos como membros da mesma familia humana"
Quer dizer que não creio absolutamente em uma organização estruturada dos Rosa-Cruzes, como lojas ou células. Eu creio em encontros entre pesquisadores livres, alguns dos quais já visitados pelos demonios. Muitos tiveram em seguida conhecimentos surpreendentes, e pode-se perguntar de onde Cyrano de Bergerac tirou a descrição de um foguete por estágios ou de um poste receptor de TSF.  Pois. se os demonios não difundem o saber , eles o transportam talvez de um pesquisador a outro. Talvez mesmo mantivessem eles fora do alcance da Inquisição, um centro de saber onde seriam conservados os manuscritos. Encontram-se estas concepções no esoterismo judaico da Idade Média.
Estas criaturas de luz, muito ativas, do ano 1.000 ao ano 1.500 , desapareceram totalmente: no século XVII, são encontrados em pequeno número, e desaparecem inteiramente no século XVIII. Nada mais em seguida, senão uma curiosa visão de Goethe, visão que ocorreu em uma época em que ele estava muito doente.
Os demonios deixaram atrás de si, estranhos objetos. Por exemplo, esta esfera metálica da qual falam os Templários em suas confissões. Ela não sómente emitia luz, mas também radiações hoje desconhecidas. Em Chipre, ela teria destruido várias cidades e muitos castelos. Quando foi lançada no mar, uma tempestade se elevou e nesta região nunca mais houve peixes.
Há também as lâmpadas perpétuas que se encontram tanto na tradição judaica da Idade Média , como na do Islã ou da Rosa-Cruz: as lâmpadas funcionariam indefinidamente , sem azeite, sem produto que queima ou se consome. Não se podia toca-la, sob pena de provocar uma explosão capaz de destruir uma cidade inteira. Também aí encontra-se a utilização de forças , de energia, que parecem físicas , e que não correspondem aos conhecimentos da época. Muitos textos judaicos afirmam que estas lâmpadas provêm de lâmpadas do céu.
Infelizmente, nenhum dos relatos que datam da Renascença ou de depois e que fazem alusão às lampadas deste tipo encontradas em tumbas na Alemanha e Inglaterra, puderam ser confirmados. Lâmpadas muito estranhas e de grande beleza foram encontradas em Lascaux, mas ignora-se como funcionavam.
Uma tradição persistente afirma que a descoberta de um túmulo secreto contendo uma lâmpada perpétua teria sido a origem da criação da maçonaria inglesa. Esta descoberta teria ocorrido poucos anos antes da iniciação de Elias Ashmole em Warrington, em 1646. Nada o confirma. De modo geral, todas as tentativas de ligar a franco maçonaria a tradições anteriores a 1600 têm o presente momento , abortado.
Tem-se pretendido , em particular , que a Ordem do Templo não tenha sido perseguida na Inglaterra, como sistematicamente o foi em toda a Europa, e que os sobreviventes da Ordem teriam fundado a maçonaria inglesa, transportando diretamente as tradições da Ordem para esta fundação, mais ou menos em 1600. Muitos maçons sinceros crêem nesta tradição, mas nunca eu jamais encontrei quem a  confirmasse verdadeiramente. Nós temos documentos certos que provam que as lojas maçonicas funcionavam na Escócia já em 1599. Nada antes disso. De que há ligações entre a maçonaria e as "criaturas de luz", vindas para ensinar , não há duvida. Mas não se pode sustentar que se possa deduzir  que a maçonaria prolongou a tradição dos "guardiões do céu".
Esta tradição corresponde às aparições precisas , humanamente controláveis, e que determinaram uma  fase precisa da série de intervenções hipotéticas estudadas neste livro. Para um homem da Idade Média  , fosse ele cristão , muçulmano ou judeu, seria tão natural discutir com um ser de luz como receber a  visita de um viajante de país longinquo. Se estas criaturas inspiravam curiosidade e por vezes cobiça pelos conhecimentos que possuiam, nunca inspiraram medo ou terror. A partir de um certo nível de cultura, parecia que os cristãos , muçulmanos ou judeus, acreditavam num Centro onde o alto saber era conservado e onde os visitantes vinham até eles. Eis porque, por exemplo, a visita dos embaixadores  vindos do reino do Padre João provocou curiosidade, mas não surpresa.
Hoje em dia, certos eruditos do Islão acreditam na existencia desses Centros, mas poucas pessoas na Europa , ou na América o crêem. Em compensação na Idade Média , a existencia deste Centro e de um  Rei do Mundo governado a partir deste Centro, era geralmente admitida, e parecia totalmente natural que  esse rei enviasse mensageiros. Assim como é natural para os primitivo, hoje, ver pousar aviões, provenientes dos Estados Unidos ou do Japão, em regiões da Nova Guiné  ou da América do Sul, onde  não existe contato com a civilização avançada. Os habitantes dessas regiões sabem da existencia de  um ou vários centros de civilização mais avançada que a sua. Mas fazem idéias extremamente vagas desses centros, se bem que fundamentem nessas visitas religiões que se chamam "os Cultos do Cargo".
Do muito tempo dos demonios luminosos nos resta um manuscrito que poderia talvez nos revelar os segredos se soubermos decifra-lo. É o famoso manuscrito Voynich.
Algumas palavras antes de entrar no mistério do manuscrito. A criptografia , arte de compor mensagens secretas , se desenvolveu paralelamente à alquimia e ao esoterismo. Para não dar mais do que dois exemplos. Trithème e Blaise de Vigenère são , ao mesmo tempo, dois grandes alquimistas, dois grandes mágicos e pioneiros da criptografia. Se, graças a eles, a criptografia progrediu até chegar a ser uma ciência exta, a arte de decifrar mensagens sem conhecer os códigos ou os simbolos é muito menos avançada. Os grandes ordenadores, certamente, facilitam o trabalho, mas não o fazem por si mesmos. Um grande decifrador funciona graças a uma espécie de percepção extra-sensorial, que o faz descobrir a informação num caos de numeros e letras.
Como testemunha esta anedota que vivi: Um dos grandes decifradores franceses, cujo nome não me é possivel citar, foi insistentemente procurado por um cura que afirmava ter inventado um código à prova de qualquer decifração. Finalmente, o decifrador consentiu em recebe-lo. Assisti à entrevista. O cura se sentou e estendeu a meu amigo uma folha de papel recoberta de grupos de cinco letras. Meu amigo deu uma olhadela , e cinco segundos depois dizia:
    -    Senhor Padre, o texto evidente de vossa mensagem é: Duas pombas se amam com amor
terno, de La Fontaine
    O cura se persignou , aterrorizado. Perguntou:
   -   Como pode o senhor. . . ?
    E ele me respondeu :
    -    Nem eu mesmo sei. Qualquer coisa na estrutura da mensagem me sugeria: Duas pombas se
amam com amor terno.

Se este relampejar de gênio não existisse, a decifração seria impossivel. Uma idéia muito simples pode
se ocultar totalmente, porque o decifrador não pensa nela.

Estamos agora prontos a  enfrentar os mistérios do manuscrito Voynich. Este manuscrito poderá ser seu, se quiser pagar por ele um milhão e cem mil francos novos. Tem duzentas e quatro páginas, vinte e  oito outras foram perdidas. Não se pode decrifar uma só palavra. Por que então esse preço astronomico,  por que desperta tanto interesse?
É que, quando o manuscrito foi descoberto em 1912 pelo especialista em livros raros, Wilfrid Voynich, ele tinha comprado da escola de jesuitas de Mondragone,  em Frascati. Itália , documentos antigos da Companhia. Documentos sensacionais . Uma missiva de 19 de agosto de 1966 , assinada por Johanes Marcus MArci, reitor da Universidade de Praga, recomendava o manuscrito ao Padre Athanase Kircher, o mais célebre criptografo de seu tempo. O reitor afirmava  que o manuscrito era de Roger Bacon. O manuscrito foi oferecido por volta de 1585 ao Imperador Rodolfo II pelo alquimista e mágico John Dee, que não havia conseguido decifra-lo, mas estava persuadido que ele continha os mais formidáveis segredos. Voynich levou o manuscrito aos Estados Unidos , onde os melhores decifradores inclusive os das Forças Armadas Americanas , o examinaram , sem nenhum sucesso.
 Em 1919 , Voynich tirou fotocópias do manuscrito e levou-as ao professor William Romaine  Newbold, que era um grande decifrador e havia prestado inumeráveis bons serviços ao governo americano. O professor de filosofia, Newbold, com cinquenta e quatro anos de idade, era um homem de cultura prodigiosa. Pretendia-se  na época ser ele o unico a saber onde estava o Santo Graal.
Em abril de 1921 , Newbold anunciou os primeiros resultados. Fantásticos. Segundo os textos, Roger Bacon havia identificado a nebulosa de Andromeda como uma galáxia, conhecia os cromossomos e seu  papel, construira um microscópio, um telescópio e outros instrumentos. Isto causou sensação no mundo inteiro, mas muitos outros decifradores não estavam de acordo com a solução de Newbold. Esta , de qualquer  modo, não era senão parcial e cobria , no máximo , um quarto do manuscrito. Parece que em certo momento o próprio método de codificação do manuscrito se modifica .
Era preciso encontrar a solução completa. Newbold não teve tempo de fazê-lo antes de sua morte, em 1926. Seu trabalho foi continuado por um dos seus colegas, Rolland Grubb Kent, que publicou resultados bem recebido por certos historiadores , não tão bem por outros. A grande objeção  feita ao trabalho de Newbold era que Bacon não podia , em sua época , conhecer as nebulosas espirais nem a constituição do nucleo celular. Eu ( J.Bergier) não estou totalmente de acordo com essa objeção: se Bacon entrou em contato com o exterior, pode muito bem ter recebido informações que parecem provir do seu futuro, e mesmo do nosso futuro.
Em 1944, o Cel. William F. Friedman, que durante a Segunda Grande Guerra decifrou o código japonês, organizou um grupo multidisciplinar constituido por matemáticos , historiadores, astrônomos e especialistas em criptologia. Este grupo utilizou máquinas muito aperfeiçoadas mas não conseguiu decifrar o manuscrito. Entretanto, encontrou-se a razão deste malogro: o manuscrito não era escrito em inglês, nem em latim, mas em uma lingua artificial, inventada não se sabe por quem ( as primeiras linguas artificiais datam do século XVII e são muito posteriores a Bacon), e não correspondem a nenhuma lingua humana conhecida. Nestas condições, como Newbold pôde decifrar  uma parte, pelo menos, do manuscrito? Por uma intuição genial, que o conduziu ao sentido pela linguagem artificial, mas que não se aplica a certas partes do manuscrito. As pesquisas continuam. Todo mundo se põe de acordo com o fato de que este manuscrito apresenta sentido e que não é brincadeira ou mistificação. Voynich morreu em 1930 , sua mulher em 1960, e seus herdeiros venderam o manuscrito a um livreiro de Nova York, Hans P. Kraus, que pede atualmente por ele um milhão e cem mil francos. E Kraus declarou recentemente que , decifrado, o manuscrito valerá dez milhões de dólares.
Pretendeu-se propor métodos de decifração fundados na "linguagem dos demonios luminosos", que John Dee descreveu com certa precisão. Essas tentativas fracassaram. Um dos objetivos da  INFO (International Fortiana) que continuou a obra de Charles Fort, é decifrar o manuscrito Voynich. Até o presente, não o conseguiu. O segredo dos demônios e talvez outros ainda mais extraordinários se encontram nestas páginas recobertas de uma escrita medieval.
 

Extraido do livro Os Extraterrestres na História de Jacques Bergier  -  Editora Hemus -  1970
 
 
 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Esfera de metal vinda do espaço expele material biológico e intriga cientistas

Pesquisadores consideram hipótese de que misterioso objeto seja uma espécie de ‘semente’ enviada por alienígenas para propagar novas formas de vida na Terra
A ideia de uma civilização extraterrestre avançada enviar ao nosso planeta uma cápsula contendo material biológico parece pura ficção científica, certo? Pois saiba que o cenário é levado a sério por pesquisadores das universidades de Birmingham e de Sheffield, na Inglaterra, depois de uma descoberta recente e completamente extraordinária.

Ao enviar balões a uma altitude de 27 quilômetros para coletar partículas na estratosfera, o grupo de astrobiólogos acabou capturando uma minúscula esfera metálica. Para a surpresa de todos, o interior estava repleto de um líquido biológico viscoso, que possivelmente continha material genético e jorrava para fora através de um orifício. Ao que tudo indica, nunca algo parecido foi encontrado na Terra.

“Uma teoria é de que a esfera tenha sido enviada por alguma civilização desconhecida para continuar semeando o planeta com vida”

Milton Wainwright, astrobiólogo
 
Os cientistas têm certeza de que a estrutura veio do espaço pois provocou um impacto considerável ao se chocar com o balão, algo que não teria ocorrido se não fosse a alta velocidade de reentrada atmosférica.

“É uma bola de diâmetro comparável ao de um cabelo humano, que tem vida filamentosa na parte externa e um material biológico espesso escorrendo de seu centro”, resumiu o líder do estudo Milton Wainwright, do Centro de Astrobiologia da Universidade de Birmingham, ao jornal britânico Express.

A equipe ficou ainda mais perplexa quando análises de raios X revelaram a composição da esfera: titânio, com traços de vanádio. Diversas hipóteses foram levantadas a respeito da origem do estranho objeto, sendo que a mais provável para os pesquisadores sugere que ele tenha chegado até a Terra por meio de um cometa. O que já é uma enorme descoberta.

Outras possibilidades, no entanto, vão mais além. “Uma teoria é de que a esfera tenha sido enviada por alguma civilização desconhecida para continuar semeando o planeta com vida”, especula Wainwright. E esta vida, inclusive, poderia representar graves riscos à espécie humana, como a propagação de doenças mortais.

A ideia de que a vida na Terra tenha surgido a partir de cometas ou de outras formas semelhantes é chamada de panspermia, e apesar de ainda encontrar resistência no meio científico, foi amplamente defendida por cientistas como Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do DNA, e também pelo astrônomo Carl Sagan.

Pesquisas recentes apontam cada vez mais para a existência de um intercâmbio de matéria entre a atmosfera terrestre e o cosmos, e também para o fato de que material genético e também certos tipos de organismos, como bactérias e vírus, são capazes de sobreviver às adversidades do espaço.

Fonte: GALILEU

terça-feira, 6 de setembro de 2016


BBC06/09/2016 08h17 - Atualizado em 06/09/2016 08h19

Pesquisa indica que poluição pode danificar cérebro e contribuir para Alzheimer

Estudo conduzido pela Universidade de Lancaster descobre pela primeira vez que partículas de compostos de ferro oriundos da poluição de trânsito chegam em grande número ao cérebro.


É sabido que ambientes poluídos provocam dificuldades respiratórias, problemas cardíacos e até morte prematura. Agora, um novo estudo traz mais um motivo de alerta: partículas de compostos de ferro oriundas da poluição do trânsito podem chegar ao cérebro, explica a professora Barbara Maher, da Universidade de Lancaster.

Amostras do cérebro de corpos de pessoas que viveram e morreram na Cidade do México - que é um dos lugares mais poluídos do mundo e onde uma grande nuvem cinzenta paira no ar - foram analisados em um laboratório da Universidade de Lancaster, na Inglaterra.
Pequenas demais para serem vistos a olho nu, nanopartículas de um óxido de ferro chamado magnetita foram encontrados nos tecidos cerebrais. As amostras do México foram comparadas com o mesmo tipo de material coletado em Manchester.

"Identificamos milhões de partículas de poluição no cérebro. Num grama de cérebro humano, haverá milhares de partículas. É um milhão de oportunidades para essas partículas provocarem danos nas células do cérebro", explica a professora Barbara Maher, da Universidade de Lancaster.

Magnetita pode ocorrer naturalmente no cérebro em pequenas quantidades, mas as partículas formadas ali têm um formato irregular distinto.

Já as partículas identificadas no estudo são bem mais numerosas e de formato diferente, arredondado e regular, características que somente poderiam ser criadas nas altas temperaturas de um motor de veículos ou sistema de freios.

"É uma descoberta. É toda uma nova área para ser investigada e entendida - se essas partículas de magnetita estão causando ou acelerando doenças neurodegenerativas."

Essas partículas são inaladas - as maiores são barradas no nariz, mas as menores vão parar nos pulmões e na corrente sanguínea. As minúsculas podem se conectar aos nervos e seguir direto para o cérebro, onde foram achadas nesse estudo.


 
Uma forte suspeita ainda não comprovada empiricamente é que essas partículas são capazes de quebrar conexões entre as células cerebrais, exatamente como acontece com doenças como o Alzheimer. Apesar de o estudo não provar que a poluição no cérebro automaticamente causa doenças, não está descartada essa possibilidade.

"Esse estudo mostra pela primeira vez que partículas da poluição podem parar no cérebro. Obviamente isso é muito importante, mas ainda não há evidência do papel delas no Alzeihmer. Isso é algo que não sabemos", diz Clare Walton, da organização Alzheimer Society.


"As causas da demência são complexas e até agora não houve pesquisas suficientes para dizer se viver em cidades ou áreas poluídas aumenta o risco da doença. "

Ela diz que formas práticas de reduzir os riscos de desenvolver demência incluem exercícios regulares, uma dieta saudável e evitar o fumo.

Fonte: G1

segunda-feira, 5 de setembro de 2016


Triste fim

Dilma pagou o preço de sua teimosia e da visão voluntarista da ‘nova matriz econômica’

*Fernando Henrique Cardoso
04 Setembro 2016 | 03h01 

Viramos uma triste página. Melhor teria sido que o governo Dilma Rousseff tivesse competência política e administrativa para chegar ao final. O que sobrou? Ilusões perdidas de quem acreditou no modo PT de governar, economia em recessão, desemprego em massa, escândalos, uma onda de desencanto. 

Será a ex-presidente a única responsável? Não. Mas ela foi incapaz de manter as rédeas do governo e deixou evaporar as condições de governabilidade. Juntou-se a isso o crime de responsabilidade. 

Uma pessoa eleita por 54 milhões de votos é derrubada, sendo inocente, como repisou a defesa petista? Houve um “golpe congressual” pela perda da maioria, como nos sistemas parlamentaristas? Tampouco. Em sua emotiva, mas racional argumentação, a doutora Janaína Paschoal sumarizou com pertinência o desrespeito às normas constitucionais. O impeachment requer fundamento jurídico (um desrespeito continuado à Constituição), mas é também um processo político (a falta de sustentação congressual e popular) e não tem necessariamente consequências capituladas no Código Penal. Foi jogando com este último aspecto que a presidente Dilma apelou retoricamente para sua “inocência” (não roubei, não tenho conta no exterior, etc.). 

Diga-se em sua homenagem que, na parte lida do discurso perante o Senado e em boa parte da arguição, ela se mostrou “uma guerreira”. Se a guerrilheira do passado não era tão democrática como afirma, isso não apaga a nobreza de sua resistência ao arbítrio e à tortura. Tampouco, entretanto, sua combatividade justifica as “pedaladas fiscais”, os gastos não autorizados pelo Congresso, as centenas de bilhões de reais destinados à maciça transferência de renda em benefício de empresas nacionais e estrangeiras, via BNDES e subsídios fiscais, para não mencionar o fato de que presidia o Conselho de Administração da Petrobrás quando a empresa era assaltada em benefício de seu partido e da “base aliada”. 

A presidente Dilma Rousseff pagou com o impeachment o preço de sua teimosia e da visão voluntarista que se consubstanciou na “nova matriz econômica”. E pagou também pela má companhia. Se a presidente não foi autora dos malfeitos, foi beneficiária política deles. Foram tantos os implicados nessa rede que, aos olhos do povo, ficou condenada toda a “classe política”. A ruína do governo petista provoca o desabamento do atual sistema político. Os erros vêm desde quando os partidos social-democratas (grosso modo, PSDB, PT, PSB e PPS) foram incapazes de inibir suas idiossincrasias e de conviver, divergindo quando fosse o caso. 

O PT, herdeiro da visão de um mundo dividido em classes e organizado em torno do eixo direita-esquerda, encarou os liberal-conservadores, especialmente o PFL, como se fossem uma direita reacionária. Ao PSDB quis pintar como um partido da elite conservadora. A fatal decisão do primeiro governo Lula de se aliar aos “pequenos partidos”, e não ao PMDB – que representava o “centro” –, e transformar o PSDB em “partido inimigo” deu origem ao mensalão, que posteriormente encontrou réplica mais ampla no petrolão. 

O PT de Lula abriu assim espaço para o oportunismo, o corporativismo dos vários “centrões”. O atual amálgama dos ultraconservadores em matéria comportamental com os oportunistas, clientelistas etc., forma o que eu denomino de “o atraso”. Meu governo e o de Lula, no início, ainda foram capazes de dar rumo ao País, o que forçou o atraso a jogar como coadjuvante. Mais recentemente, entretanto, houve uma inversão: o atraso passou a comandar as ações políticas, tendo Eduardo Cunha como figura exponencial. O mal-estar na sociedade, somado às informações sobre desmandos e corrupções que circulam numa sociedade livre e ao desenvolvimento de instituições estatais de controle externo, pôs em xeque o arranjo político institucional: o povo e as instituições reagiram e abriram espaço para a mudança de práticas. 

Estamos assistindo, e não só no Brasil, aos efeitos das grandes transformações econômicas e tecnológicas. Sociedades estruturalmente fragmentadas por uma nova divisão do trabalho, culturalmente heterogêneas, com muitas dificuldades para manter a coesão social, com ampliação gigantesca da acumulação de capitais e interrogações sobre como oferecer empregos e reduzir a desigualdade. 

Nesse tipo de sociedade as distinções de classe se mesclam com outras formas de identificação social. Nelas, paradoxalmente, os partidos perdem espaço e as narrativas capazes de juntar massas dispersas suprem o vazio criado na trama política. Por isso, o slogan: “É golpe”. O resto, as ligações efetivas dos petistas com interesses vários, os resultados de suas políticas e a identificação dos grupos que delas se beneficiaram, fica obscurecido pela força eventual da narrativa. 

O desafio das lideranças renovadoras será criar, mais do que uma “narrativa”, propostas que desenhem caminhos para a Nação. Teremos capacidade, coragem e iniciativa para rever posturas, caminhos e alianças? Terá o PT disposição para uma verdadeira reconstrução e para o diálogo não hegemônico? E os demais partidos, inclusive e principalmente o PSDB, serão capazes de aglutinar a maioria, apesar de inevitáveis divergências?
O que vimos nas semanas passadas foi o rufar de tambores para a construção de um discurso: uma presidente inocente sendo destronada por golpistas ansiosos pelo poder. Mau começo para quem precisa se reinventar. A despeito disso, temos desafios comuns. Ou bem seremos capazes de reinventar o rumo da política ou novamente a insatisfação popular se manifestará nas ruas, sabe-se lá contra quem e a favor do quê. E não basta circus, belas palavras, também é preciso oferecer panis, um rumo concreto para o País e sua gente. 

*Sociólogo, foi presidente da república

Fonte: ESTADÃO

quinta-feira, 1 de setembro de 2016


A misteriosa mensagem que Mussolini enterrou sob obelisco em Roma e que acaba de ser decifrada

Como em um bom filme de suspense, um pergaminho escrito em latim permanece escondido sob um enorme obelisco em Roma, na Itália.
O único obstáculo diante de quem quer ler o seu conteúdo é o próprio obelisco de 300 toneladas, impossível de ser levantado. Apesar disso, os historiadores Bettina Reitz-Joosse e Han Lamers afirmam ter conseguido decifrar o que o documento diz, por meio de três fontes quase desconhecidas encontradas em bibliotecas e arquivos de Roma. 

Segundo eles, o pergaminho ajuda a entender o pensamento do líder fascista italiano Benito Mussolini (1883-1945) e como ele esperava ser lembrado pelas gerações futuras. 

O documento está enterrado junto com moedas de ouro na base do Obelisco de Mussolini, construído em 1932 no complexo esportivo Foro Itálico, então conhecido como Foro Mussolini. Por essa razão, o pergaminho ficou conhecido como Codex Fori Mussolini.
"O texto não foi pensado para os contemporâneos de Mussolini", diz Bettina, professora-assistente de Literatura Latina na Universidade de Groningen, na Holanda, em entrevista à BBC.
"(A inauguração do) obelisco foi um grande espetáculo, mas a existência do texto não foi registrada. Ele foi pensado para uma audiência de um futuro remoto", acrescenta. 

Naquela época, os fascistas tinham descoberto vários tesouros arqueológicos do Império Romano, conta a pesquisadora.
"À medida em que as ruínas eram desenterradas, os fascistas pensavam em deixar registros de seus próprios feitos para as gerações futuras", explica.

O que diz o texto?

O documento de 1,2 mil palavras teria sido escrito pelo estudioso de cultura clássica Giuseppe Amatucci em três partes.

A primeira seria uma coletânea dos feitos do facismo e da ascensão de Mussolini ao poder.

Essa parte descreve a Itália como um país à beira do caos após a 1ª Guerra Mundial, que teria sido resgatada pelo líder fascista.

Segundo o texto, ele teria recuperado "o país graças a seus conhecimentos e determinação sobrehumana", assinala Lameres, que trabalha na Universidade de Humboldt, na Alemanha, e na Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica. 

"O texto apresenta Mussolini como uma espécie de novo imperador romano, mas também, por meio de uma linguagem bíblica, como redentor do povo italiano", diz ele.

A segunda parte trata da Juventude Fascista, sobre cuja sede foi construído o obelismo, e de seus programas destinados aos jovens.
A terceira parte se concentra na construção do Foro Itálico e do obelisco.
Junto com o texto se encontra uma medalha que retrata Mussolini com a cabeça coberta por uma pele de leão.

Não era raro no Renascimento ─ explicam os especialistas ─ que medalhas fossem enterradas sob obeliscos. Mas, segundo eles, a descoberta de um longo e detalhado texto é inédita.

Por que em latim?

Bettina Reitz-Joosse, da Universidade de Groningen, acredita que a opção pela língua morta também tinha o objetivo de reforçar o vínculo entre o Império Romano e o auge do fascismo. 

Além disso, ela assegura que os fascistas estavam tentando ressuscitar o latim como língua internacional do fascismo.
"Fazia parte dos objetivos dos fascistas criar um equivalente à Internacional Comunista", diz Reitz-Joosse, em alusão ao nome dado aos vários movimentos comunistas de cunho internacional.

"Esses planos, contudo, fracassaram", explica.

Paradoxalmente, os estudiosos cogitam que ao enterrá-lo debaixo do obelisco, os fascistas talvez esperassem que a descoberta do documento só fosse ser possível com a queda da estrutura e, consequentemente, do regime. 

Mas, "de nenhuma maneira", eles imaginariam a derrocada que sofreriam poucos anos mais tarde, ressalva Reitz-Joosse.

No entanto, a pesquisadora diz que o documento cumpre com seu propósito original de projetar a voz do fascismo no futuro.

"O texto ainda está ali e pode ser lido. Tudo o que fizemos foi estudá-lo e analisar as suas estratégias, contextualizá-lo e criticá-lo, mas também permitir que a sua mensagem seja comunicada sem ruídos", conclui a estudiosa.

Fonte: BBC BRASIL




DEUS É BRASILEIRO E TUDO VÊ... MAS SABEMOS, NÓS DO BLOG ECLÉTICO, DE FONTE SEGURA, QUE ELE ESTÁ FAZENDO MALAS PARA OS U.S.A. DE VEZ POR TODAS... É QUE ESTE PAÍS NÃO TEM JEITO.



“O último dia”, análise do ITV

Não há o que se comemorar quando uma presidente da República é afastada do cargo prematuramente porque cometeu crime contra o país. Há, tão somente, que se lamentar e fazer cumprir a lei.

Há, contudo, muito a saudar quando se dá adeus a um governo de um partido que desrespeitou a nação, levou milhões de famílias ao sofrimento e valeu-se da mais deslavada corrupção para perpetuar-se no poder.

Chegam hoje ao fim os 13 anos e 8 meses em que o Brasil esteve sob o comando do Partido dos Trabalhadores. Em regime democrático, foi o partido que por mais tempo esteve à frente do governo do país. Qual é o balanço que fica desta experiência? Basta deixar que a realidade fale por si.

No dia em que Dilma Rousseff sofre o impeachment no Senado, ficamos sabendo que, pelo sexto trimestre consecutivo, a economia nacional encolheu, na maior recessão da história, e que o Brasil é hoje o país com pior desempenho econômico em todo o mundo.

Um dia antes da queda final da presidente, autora de crimes de responsabilidade desferidos contra as contas públicas e contra a probidade administrativa, também ficamos sabendo que o país já tem 11,8 milhões de pessoas sem emprego e que o nosso mercado de trabalho voltou à condição de três anos atrás em termos de rendimento.

As mesmas famílias que, por anos, o PT citou em suas propagandas mirabolantes como tendo atingido o paraíso estão hoje na rua da amargura. Suas “conquistas” não passaram de um sopro passageiro de prosperidade que, transcorrida a onda boa, se transformou rapidamente em ressaca. São milhões os que já retornaram à condição de pobreza.

O melhor desse processo – sofrido, porém necessário – de impeachment é que ele enquadra nos rigores da lei as afrontas à Constituição, os desrespeitos às instituições e as tentativas reiteradas de transformar o vale-tudo em pedra de toque da política brasileira. O afastamento de Dilma por ter torturado as contas públicas e ludibriado a população é a garantia de que quem comete crimes é punido. Doa a quem doer.

O dia de hoje também marca o ocaso de lideranças que imaginaram que poderiam fazer do Brasil um joguete de suas vontades. Vê-se revelado, a cada dia, que o que lhes interessava era apenas colocar o país a serviço de seu bel-prazer, seja à beira-mar, seja no recato bucólico das matas de interior. Também a hora do acerto de contas haverá de chegar para quem inventou Dilma Rousseff.

O Brasil que nascerá amanhã será certamente um país com chances de ser um lugar melhor, mais íntegro, mais próspero e mais justo para se viver. A reconstrução desta nação não será fácil, tamanho o estrago destes 13 anos e 8 meses. Mas agora pelo menos podemos começar a agir, porque a esperança é de que o pior tenha passado.

Fonte: Rede45